sexta-feira, 21 de agosto de 2009

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Girassóis


Em 1888, VAN GOGH, pretendendo decorar o quarto e alegrar a vida de Gauguin pintou algumas telas com lindos girassóis.

Ontem, a NANÁ alegrou minha vida também com maravilhosos girassóis, pelo “dia dos pães”. Ela, que mesmo sem girassóis já ilumina meus dias, trouxe o sol prá dentro de casa e encheu minha alminha de alegria.

Estou dividindo com vocês as flores, as cores, e toda a energia que elas contém.

Um lindo e ensolarado dia ... à todos nós!

sábado, 8 de agosto de 2009

Dia de Los Padres

Em 1968 eu cantava músicas da Elis Regina usando o fio da enceradeira como microfone enquanto meu pai trazia padres prá almoçar em casa. Amigos de uma encarnação passada, certamente. Isso era tão natural prá mim, aos 5 anos, quanto ver os astros da Jovem Guarda pela janela do prédio vizinho ao Teatro Record.
Mas dentro de casa a música era outra, clássica. Meu pai ouvia música clássica. De popular tínhamos Ray Coniff e Glenn Miller... e claro, tínhamos Moacyr Franco – mas isso ficava por conta da minha mãe ...
Nos mudamos de lá e não houveram mais padres sentados à nossa mesa, a não ser o que era a alma do meu próprio pai.

Anos mais tarde, um homem de olhinhos e alma sorridentes passou a freqüentar nossa casa. Ele vinha para afinar meu piano e acabou afinando nossas vidas. Silvio era fundador de um centro kardecista, voltado ao estudo da filosofia espírita. E tardes e mais tardes de conversa depois, lá foi o Darcio, meu pai, para o grupo (com minha avó materna, a Carol, que ele chamava de mãe) do qual nunca mais saiu e eu participo até hoje.
Lá, meu pai passou a ser chamado “o padre”. Sempre dedicado às obras assistenciais, tinha um profundo carinho por todas as pessoas com as quais se relacionava. Até hoje, outros diretores lembram do calafrio que a sua fé inabalável causava nos demais, quando ele cadastrava centenas de famílias além do que havia sido previsto para as campanhas de Natal ou de Inverno e, sem nada para entregar à elas, dias antes da data da entrega, ele dizia calmamente “na hora certa teremos tudo que precisarmos, as coisas vão chegar” ... e chegavam! Sabe-se lá de onde, mas chegavam.
A verdade é que ele jamais conseguiu dizer “não” à alguém e nunca mediu esforços prá ajudar um “irmãozinho”. Era doce, e ao mesmo tempo enérgico. Mas, acima de tudo: era justo, como o descreveriam anos mais tarde num livro editado pelo Áurea ("A trajetória de um espírito pelas alamedas do céu").
Eu tinha então, uma família espírita. Mas continuava estudando em colégio católico, agora de freiras. Se elas vinham almoçar em casa? Não ... mas um chazinho à tarde rolou sim ... com a minha mãe - e abro aqui um parêntese – tenho todos os motivos prá acreditar que, considerando a altíssima probabilidade de eu já me relacionar com essa família em vidas anteriores, eu só posso ter sido a Noviça Rebelde.
Não consigo me lembrar de um único dia em que não tivesse visto meu pai com um livro nas mãos. E a lembrança que tenho dele hoje, é assim, lendo, dando palestras, ajudando alguém...
Ele se foi 1 mês depois da minha filha ter nascido. E eu sinto que ela não tenha tido a chance de conhecê-lo, embora sua presença seja uma constante em nossa casa e sua postura ética tenha deixado também prá ela bases muito sólidas.
Às vezes penso como teria sido se eu tivesse tido mais tempo com ele, outras vezes penso que tempo não significa nada, porque ele deu absolutamente tudo o que podia ter dado, deu tudo o que tinha e, por ser uma pessoa tão especial, tão fora dos padrões desse mundinho aqui, deu muito mais do que a grande maioria poderia ter dado em uma centena de anos.

Como pai, ele deu apoio e amor incondicionais. Incentivou o desenvolvimento de todo tipo de curiosidade que uma ariana típica pode ter. Me ajudou a descobrir o mundo maravilhoso das pedras, das aves, dos peixes, das flores, da música, dos livros, das artes ... de Deus. E me ensinou com exemplos, mais do que com palavras que Deus está em todas as coisas e pessoas e todas elas são especiais, cada uma à sua maneira. Me ensinou a olhar as coisas todas com o coração e dar sempre o melhor de mim hoje, espiritual ou materialmente falando, e que não é preciso guardar nada prá amanhã. Porque o que é importante e necessário sempre chega. E não é que sempre chegou?
Hoje, mais do que um Feliz Dia dos Pais”, desejo que ele tenha uma Feliz Eternidade”.
O que eu nem precisaria ter escrito aqui já que está, desde sempre, escrito no meu coração,
de onde ele jamais sairá!